O mundo ao nosso redor fica nos exigindo coisas: culpa, família, uma certa estabilidade... mas e os furacões, as tempestades, as paixões que não estavam previstas? Sobe-se o vidro? Passa-se o trinco? Corta-se o membro fora? Perambulo por esta sua cidade-fantasma, todos estão mortos eu sei cumprindo o seu belo destino – eu quero um capítulo novo para o meu livro, ávida a VIDA me exige isto, a vida com letras maiúsculas da qual muito se fala mas pouco se experimenta na boca, o gosto e a violência com que nos arrebata, não se tem mais tempo para isto, apenas ocupa-se de viver mecanicamente, acreditando-se na sabedoria dos velhos, no interesse da ordem, na roupa nova do rei, na cura da loucura.
Inteiro – é só assim que se entra. Não há volta nem remendo. Amor só para quem agüenta. Não há só o lado delicado, quem não descobriu isto ainda é porque até agora não foi além das velhas brincadeiras de criança. O que não falta é maça na árvore do conhecimento – que tal uma torta? O paraíso que se dane, o céu, a eternidade. O que faríamos para todo o sempre? Cantaríamos louvores? Seríamos anjos panacas de branco? Ah eu quero mais é rolar na grama contigo e pouco me importa que Deus ‘tá vendo. Foto: Ricardo Pereira/ modelo: Duda.