para Tay
Ouvi dizer que você anda por aí, neste mesmo mundo que eu, não sei se perto, não sei se ocupado a esta hora do dia, a caminho de casa escolho as ruas que acho são a sua cara e conheci uma cidade que eu nem sabia que existia mas que me lembram suas histórias, e tenho lido os livros que você menciona, me identificado com cada personagem, chorado e me apaixonado e tem frases deles que não me saem da cabeça e eu queria muito usá-las numa conversa com você, é que às vezes é como se eu ainda estivesse em suas páginas, visitando lugares que eu nem sei dizer direito o nome ao motorista do táxi e tenho ligado na rádio e pedido as músicas que sei que você ouve e tenho usado um pseudônimo quando faço isso, Holly Golightly, você vai entender, e tenho cantado junto com você cada letra, assobiado cada melodia e tenho dançado com amigos que faço em festas e tenho me deitado com corpos que nem sei se com o seu se parecem, mas tenho feito amor com eles como se fizesse contigo, mas eles nem sabem porque fui tão selvagem, porque me entreguei daquele jeito, é algo que eu nem sei direito prever quando vai ocorrer quanto mais explicar sem dizer o seu nome, e tenho vestido roupas em que talvez você goste de me conhecer e tenho me despido para o espelho como se fosse para você e tenho gostado mais do que vejo quando acho que você me vê e tenho conhecido gente diferente, gente estranha, gente esquisita, gente que eu sei que você gostaria e temos falado alto e feito bagunça de noite e quem sabe isto acorde o seu vira-lata e você venha até a janela saber do que se trata e temos dirigido por avenidas na hora em que elas estão mais vazias e eu tenho encostado minha cabeça no ombro mais próximo como se fosse no seu que encostasse e tenho bebido nos mesmos bares que você freqüenta e tenho pedido o mesmo drinque trocando o rum por vodka como eu acho que você faria e descobri a mesa em que você se senta e a letra do seu primeiro nome feita com canivete na madeira e escrevi ao lado dela a primeira letra do meu mas ficou parecendo outra, por isso não estranhe aquele “F” ao lado do que escreveu – aquele “F” sou eu. Foto dela: Tay.
Ouvi dizer que você anda por aí, neste mesmo mundo que eu, não sei se perto, não sei se ocupado a esta hora do dia, a caminho de casa escolho as ruas que acho são a sua cara e conheci uma cidade que eu nem sabia que existia mas que me lembram suas histórias, e tenho lido os livros que você menciona, me identificado com cada personagem, chorado e me apaixonado e tem frases deles que não me saem da cabeça e eu queria muito usá-las numa conversa com você, é que às vezes é como se eu ainda estivesse em suas páginas, visitando lugares que eu nem sei dizer direito o nome ao motorista do táxi e tenho ligado na rádio e pedido as músicas que sei que você ouve e tenho usado um pseudônimo quando faço isso, Holly Golightly, você vai entender, e tenho cantado junto com você cada letra, assobiado cada melodia e tenho dançado com amigos que faço em festas e tenho me deitado com corpos que nem sei se com o seu se parecem, mas tenho feito amor com eles como se fizesse contigo, mas eles nem sabem porque fui tão selvagem, porque me entreguei daquele jeito, é algo que eu nem sei direito prever quando vai ocorrer quanto mais explicar sem dizer o seu nome, e tenho vestido roupas em que talvez você goste de me conhecer e tenho me despido para o espelho como se fosse para você e tenho gostado mais do que vejo quando acho que você me vê e tenho conhecido gente diferente, gente estranha, gente esquisita, gente que eu sei que você gostaria e temos falado alto e feito bagunça de noite e quem sabe isto acorde o seu vira-lata e você venha até a janela saber do que se trata e temos dirigido por avenidas na hora em que elas estão mais vazias e eu tenho encostado minha cabeça no ombro mais próximo como se fosse no seu que encostasse e tenho bebido nos mesmos bares que você freqüenta e tenho pedido o mesmo drinque trocando o rum por vodka como eu acho que você faria e descobri a mesa em que você se senta e a letra do seu primeiro nome feita com canivete na madeira e escrevi ao lado dela a primeira letra do meu mas ficou parecendo outra, por isso não estranhe aquele “F” ao lado do que escreveu – aquele “F” sou eu. Foto dela: Tay.