Fomos fazendo as nossas próprias regras, “te soltar mesmo querendo te prender” é uma delas, o que me faz conviver ao mesmo tempo com a sensação de que estará por perto sempre que eu precisar e a de que nunca terei realmente certeza disso. Mas saberíamos ser de outra maneira? – pergunto-me quando você demora mais do que eu gostaria e também quando chega de repente sem avisar que vinha. É que ás vezes é como se lesse meus pensamentos, outras como se nem estivesse me ouvindo, ainda estou aprendendo a interpretar os sinais, temo conhecê-los todos tarde demais. Mas você diz que isso é o de menos, que devemos nos concentrar no que estamos vivendo, não no que nos tornaremos, se um dia seremos como os outros casais. E pensar que foi justamente por não querer ser como os outros que fomos fazendo as nossas próprias regras, das quais às vezes me arrependo, não tenho certeza mais. É que a liberdade é um desafio, assim como o amor sob seu crivo: se te prendem te tiram o direito de querer ficar, mas se te soltam compreende o que te faz voltar. Foto dela: M.B.