Sobre o que é a sua vida? De que assunto se trata? Eu perguntei porque estou curioso, estou sempre curioso, quero saber onde estou pisando, encontrar alguém e saber se estamos falando a mesma língua, se ela quer fugir ou se ela quer ficar mais um pouco. Eu sei que ninguém nunca pensa nisso, está tudo muito rápido, você sente que precisa estar em mil lugares ao mesmo tempo para experimentar tudo o que gostaria e sabe que está cada vez mais foda deixar um pouquinho que seja de você em cada pessoa que passa pela sua história, te olha nos olhos ou só beija sua boca ou apenas quis ser escritor depois de ler o mesmo livro – eu recomendo que tudo seja vivido, pelo menos o que tiver à mão, não são as viagens para longe que contam, mas o número de amigos que você sabe que pode ligar a qualquer hora. Não estou falando para uma festa, mas pode ser para uma festa, tanta coisa que a gente começa e não sabe como termina, não é mesmo?
Já parou para pensar que você faz o mesmo caminho todos os dias e que coloca o relógio para despertar na mesma velha hora e que não raro vai para a cama com a cabeça e o corpo cheios de idéias quer elas tenham alguma chance ou não de acontecerem na ‘sua’ vida? É porque a gente sabe que é capaz de mais, de muito mais, e o mundo, no fim, só quer que você faça a sua parte, que faça a roda girar e morra depois, tudo tão simples e tudo tão feito para ser deste jeito que a gente acaba achando que escapar deve ser um delírio, uma utopia, que do outro lado do muro deve ser uma selva terrível. Mas e se o ‘seu’ Deus for bonzinho e não castigar porra nenhuma? De que vai adiantar ‘cê ficar se policiando? Eu só sei que eu estou pintando uma bandeira e que vou para a rua defendê-la, não tenho tempo para uma outra vida que não seja assim apaixonada. Aceitamos adesões.
Porque tudo é uma enorme possibilidade foi que eu me aproximei. Porque tudo pode ser dito de uma outra forma, pela gente mesmo, mais tarde, foi que eu deixei o meu ‘canto’, quis perguntar, quis saber porque não a conhecia ainda sendo você tão linda, sendo você tão capaz de me prender a atenção, de me tirar do chão. É porque a gente está sempre passando milhões de vezes pela ‘nossa’ turma no mundo e esquecendo de arriscar um “quais são os seus planos para os próximos vinte anos?” que parece que nada acontece, que o mais correto é andar na linha e esperar que tudo se providencie naturalmente, para que o restante da sociedade, os mais velhos, aprovem as nossas escolhas mesmo que nós não as aprovemos – “olha, eu estou dizendo que acho que a gente deve brigar por cada coisa que acreditamos mesmo que nos digam, insistam, que será inútil” e você me ouvia como se esperasse por aquilo há anos. E é porque é simples de dizer que eu dizia e não porque mudaria o mundo se eu dissesse. Foto: Renata Punk, Maitê My Love, 2007.
Já parou para pensar que você faz o mesmo caminho todos os dias e que coloca o relógio para despertar na mesma velha hora e que não raro vai para a cama com a cabeça e o corpo cheios de idéias quer elas tenham alguma chance ou não de acontecerem na ‘sua’ vida? É porque a gente sabe que é capaz de mais, de muito mais, e o mundo, no fim, só quer que você faça a sua parte, que faça a roda girar e morra depois, tudo tão simples e tudo tão feito para ser deste jeito que a gente acaba achando que escapar deve ser um delírio, uma utopia, que do outro lado do muro deve ser uma selva terrível. Mas e se o ‘seu’ Deus for bonzinho e não castigar porra nenhuma? De que vai adiantar ‘cê ficar se policiando? Eu só sei que eu estou pintando uma bandeira e que vou para a rua defendê-la, não tenho tempo para uma outra vida que não seja assim apaixonada. Aceitamos adesões.
Porque tudo é uma enorme possibilidade foi que eu me aproximei. Porque tudo pode ser dito de uma outra forma, pela gente mesmo, mais tarde, foi que eu deixei o meu ‘canto’, quis perguntar, quis saber porque não a conhecia ainda sendo você tão linda, sendo você tão capaz de me prender a atenção, de me tirar do chão. É porque a gente está sempre passando milhões de vezes pela ‘nossa’ turma no mundo e esquecendo de arriscar um “quais são os seus planos para os próximos vinte anos?” que parece que nada acontece, que o mais correto é andar na linha e esperar que tudo se providencie naturalmente, para que o restante da sociedade, os mais velhos, aprovem as nossas escolhas mesmo que nós não as aprovemos – “olha, eu estou dizendo que acho que a gente deve brigar por cada coisa que acreditamos mesmo que nos digam, insistam, que será inútil” e você me ouvia como se esperasse por aquilo há anos. E é porque é simples de dizer que eu dizia e não porque mudaria o mundo se eu dissesse. Foto: Renata Punk, Maitê My Love, 2007.