Ela
reaparece com o frio, chega como quem não quer nada, uma dica de filme, um
livro emprestado – e fica todo o feriado. Não vem atrás do passado, apenas de
alguém que a conhece bem, o seu corpo de cor e salteado, todos os segredos que
ela tem. Guardo tudo de cabeça, de tanto que já fui apaixonado, é o que me
prende a ela, o motivo pelo qual ainda vem. Não conversamos mais sobre como
seria, já estamos mais do que vacinados, satisfeito o que queria, ficamos o
resto do tempo calados. Nos fazemos companhia porque já temos, como dizia, um
passado, de idas e voltas, algumas curtas outras compridas, a gente se prende e
se solta – é como esperamos que sempre aconteça, por mais que não possamos ter
certeza, existe sempre o risco, de que seja mais do que isto; mas até para isto
estamos preparados, inclusive para fazer dar errado, posso traí-la como já fiz,
ela algo mais que não possa ser perdoado. A despedida é sempre fria e eu fico
com a casa maior do que parecia, mas é só por alguns dias, depois tudo volta a sua
normalidade, até que ela sinta, novamente, de mim, necessidade. Foto dela: Camila.
quinta-feira, 9 de julho de 2015
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